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Category — [em cantos]

SAUDAÇÕES (saudaciativas)

faça ai o teu beck-up de 2007, o meu tá atrasado, terminou numa tarde
no sopro do mar, nada pedi, somente agradeci…odoya, minha mãe!
movimento o corpo que me guarda, oferendas para abrir as portas do campo de batalha
…antes que a lembrança de mais um ano se apague…foi ela que me disse
no próximo ano vamo continua o samba…BUM FYA!


se tem o que beber…se tem o que comer…continua a sambada, meu bem!
consome a raiva…tome seu tempo…sente a alma distante
soul livre, soul eu e você
glória…sempre glória aos amantes de verdade!
não quero fazer disso aqui folhetim, meu verbo fora negado e não vou ficar imendando recado
meu pescoço na pele do pandeiro levando pancada por um encrenca, me deixou sem me ouvir falar
entoa a toada, mantem a guarda, levanto pra dizer que não fui feita pra ficar calada
coco do amaro branco, pandeiro, bumbo, no terreiro…quem se acabou fui eu…


"mas me leva, canoeiro me leva
me leva pro lado de lá..eu quero estar bem distante da ilha de itamaracá"

sustento o calor que me arrebata, tem sabor salgado
instantes em que o tempo só se faz calado
seja na terra, seja no mar, tamo no mundo
a sede que não matará, nem por desgosto profundo
enquanto queres só uma guerra, com vencedor, canalha, traidor
conquista de territórios que não libertam corações
encruzilhadas levam caminhos, tudo que se perde se recupera de novo, exceto o tempo perdido
é pra quem pode, don’ifé, meus sonhos não são em vão
e também não sou a filha da regra exata "se toda hora é hora de dá decisão eu falo agora"
nesse corpo cheio de poros, desejos…é quente
imantar energias para curar as dores, na manhã, na tarde, na brisa escura da noite
conta-gotas do aprendizado diário, juntando os caquinhos passo-a-passo em cada mínimo contato que contigo faço
ligo telefone, não sei mais o nome, desapareceu nem sei, nem pensei, de rap em rap direpente, "a noite tem de tudo, tem paz e tem trelelê"
abro os braços junto a noite perseguindo nas palavras de Maria Tereza que se fazem presentes pra sempre
"Ifé, Ori, Asè"
segue a busca da cabaça partida pras filhas e filhos da terra, pelo tempo que perdure, dure..nada se desfez…

 

January 26, 2008   Comments Off on SAUDAÇÕES (saudaciativas)

Senhor Partideiro, eu te dedico…

 


Res`ta Malony (Essa Mania)

Mart’nália E Moska

Hoje o meu coração mudou
Já não sei porque vim, quem sou
Mas sinto e sou capaz
E o resto tanto faz

Foi só eu descansar
Junto ao pé de uma arvore que me acolheu
E depois me ocorreu

Vi que a vida que vivia em mim
Agora vive aqui nesse lugar
Em volta das sombras
Essa ilha é a reunião das infinitas direções
Que o vento traz com as ondas

E é quando me vejo a garimpar
As pedras, a montanha, o seu olhar
Essa mania, essa mania, essa mania
Essa mania de viver

Apesar de saber
Que nem tudo que eu quis eu pude conhecer
Nem deu pra mais prazer
Se cheguei até aqui
Bem no topo do vulcão, não posso mais descer
Mas tem como escorrer

Porque a natureza do amor
Esta contida na beleza e na surpresa das manhãs
Dias que parecem tão iguais
Mas de repente têm sinais de uma nova magia

Depois desse encontro singular
O Mato, o rum, o vinho, o mel e o mar
Essa menina, essa menina, essa menina
Essa menina vem me dizer

Essa mania, essa mania, essa mania
Essa mania de viver

Rest la maloya, Rest la maloya, Rest la maloya, Rest
la maloya
Rest là-même


≠≠≠≠≠ 

 

December 23, 2007   Comments Off on Senhor Partideiro, eu te dedico…

Minha dança

Sanidade necessária, talvez mais uma dose de cachaça
Infindando dores, a noite não passará calada
Repica! minha escola é velha, bate-folha pela passarela
Arrasta o pé que a porta-bandeira vai passar!
Muita responsa, abraça a chance, tamo na pista
Tem cores, compromissos, di conceito, caboclos, e aqui ninguém é santo
Sem ti-ti-ti blá-blá-blá…não tem embaço
Seguimos ao carnaval na cadência, sem decadência, passo-a-passo
Lembrando dos tempos de pivete quando sonhavámos que era tudo nosso, campinho, terreno-baudio…era tudo nosso
Hoje não mais, o sonho morreu, mas inda cismo e rimo
Soul eu, soul eles, soul nóis…na lembrança de criança
"Sofrimento é opcional, a dor inevitável"
Rasguemos o verbo, somos impossíveis, por encreça que parível!
Deixa a gente beber, deixa a gente fumar, deixa a gente voar..é melhor
Do que sacar de uma arma pra nos matar…
Salve Pirituba, cidade de Óz, Querozene ao Bronx
Une os versos, versão popular, vida é cantada
Não pedimos caridade, nem imparcialidade
Mundão tá cheio de mulher com aspas, que não tem a manha
Socialyte dos pobres é assim que eu lhes chamo!
Faz o hype que é o teu negócio, nem pisa no meu pedaço
Aqui nóis partimos pro regaço
Minha guerra veio de lá, antes de me trazerem pra cá
Traços herdados, costa sudanesa, corpo de princesa
Feminina rima, como Sabah, me faço rainha
Mulher sagrada, símbolo de todos os tempos, virada pro futuro
Sou do povo da rua, macumbeira sem medo
A dama do paço que carrega a calunga
Espalhando o abô que esconde o segredo…laroyê…
Abre o orum (céu) e arruma lugar pra mudança
Manda desce todo mundo que hoje a festa é aqui!
As portas tão abertas…

September 30, 2007   Comments Off on Minha dança

Ankh

ank
 
    Simboliza o direito à vida. A sua parte superior representa o lado
divino desta concessão dada pelos deuses, e a parte inferior a
ligação com o plano humano, material. Na arte egípcia, aparece com
freqüência nas mãos de deuses e reis.

    A alça oval que compõe o ankh sugere um cordão entrelaçado com as duas
pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino,
fundamentais para a criação da vida. Em outras interpretações,
representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava
a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da
civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era
atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais
características da crença egípcia. A linha vertical que desce
exatamente do centro do laço é o ponto de intersecção dos pólos, e
representa o fruto da união entre os opostos.
(fonte>>wikipedia

September 29, 2007   Comments Off on Ankh

Encontros e Despedidas

Mande notícias do mundo de lá
diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
quando quero

Todos os dias é um vai e vem
a vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
são só dois ladosissouada mesma viagem
O trem que chega
é o mesmo trem da partida
A hora do encontro
é também despedida
A plataforma dessa estação
é a vida desse meu lugar
é a vida desse meu lugar
 (Milton Nascimento Fernando Brant)

 ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Mesa, cervejas, pizzas, amigos e intrusos…
O "voz e violão" tocou esse som ai, tive vontade de correr e destruir o artista
Talvez não fosse o sabor que eu gostaria de sentir ali…já me sentia etílica.
Mulher feita dágua…hoje, água salgada brotaram inda mais
Ai fiquei naquela situação em que não queria que os outros sacassem que sempre choro em público
Ai nego me pergunta – tais chorando? nem precisa responder, nem tem o que dizer, então é bom mentir: – foi a música…
Segundo a mesma figura-intrusa chorar é bom, pois relaxa – e vc fica bonita chorando.
-Ah meu bom, nem só beleza se ria, nem se vê por aqui. Hoje, eu disse um adeus…
Por isso, eu dedico aqui essa composição pra tod@s que fazem parte de mim e não estam por aqui, mas sei bem por onde andam. Pra vocês eu não direi adeus, mas sempre um "inté logo mais".

September 28, 2007   Comments Off on Encontros e Despedidas

O RECRUTAMENTO

 

clarice

      

 

O RECRUTAMENTO

    Os  passos estão se tornando mais nítidos. Um pouco mais próximos. Agora
soam quase perto. Ainda mais. Agora mais perto do que poderiam estar de
mim. No entanto continuam a se aproximar. Agora não estão mais perto,
estão em mim. Vão me ultrapassar e prosseguir? É a minha esperança. Não
sei mais com que sentido percebo distâncias. É que os passos agora não
estão apenas próximos e pesados. Já não estão apenas em mim. Eu marcho
com eles.

(Clarice Lispector) 

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( na busca por inspirações pego mais um barco, aqui as ondas que se formam não são pelo movimento de marés e sim pelo vento…este foi o motor na viajem, em pleno rio amazonas formaram-se ondas enormes, eu me sentei para observar-las pois na rede não me cabia mais…e eis que chego em Monte Alegre – PA, e tropeço em Clarice (alguém esquceu o livro no quarto que me hospedei, Para não esquecer…que não levarei comigo, deixarei no mesmo local em que encontrei)…ironia do destino, seria homem ou mulher quem lia?…era meia noite, ali mesmo teve início uma conversa de modernistas romancistas refletindo sobre as agonias da vida…e de quebra, no meio daquilo que lia e sentia lembrei e me deitei com outro figura que trouxe um confroto a mais… "eu marcho com eles" e complementa o inspiro –"hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamas!" )

September 25, 2007   Comments Off on O RECRUTAMENTO

“as ruas estão olhando, observando…”

  Dia ensolarado, o calor inda não deu um
salve de bom-dia. Caminho pensativa, a rua é talvez a única que me
segue nesse dia..ou seria o contrário? Nem sei…quanto mais penso,
mais vejo que não há poréns..soluções infindáveis, a vida recicla. O
universo conspira e me diz que no meio disso tudo sou muito
pequinininha. Tem certas coisas na vida que não entendemos, nem
filosofias, nem metáforas explicam tudo…Sensações inesplicáveis…Não
tenho muita coisa, não faço questão de possuir nada. Mas queria ver meu
filho, minha filha…Sensações inesplicáveis….continuo a produção,
vou ouvindo um som no busão, calor pra caralho, o peso da cabeça
sustentado no pescoço e descansa no meu braço…alguns percebem que tô
falando sozinha…não percebem que tão fazendo da Amazônia uma
savana?…quero ver e ouvir falar de flores…

A manhã
linda de sol. Um dia de verão com vento soprando, sendo arte pra
simulação da existência, ruas com árvores existem nas periferias, sopra
meu sorriso no rosto da minina, adimiro sim…roubei teu sorriso
também…um crime feliz…

 "você é do tamanho do seu sonho, faz o certo,faz a sua, vamo acordar!"

todo minino toda minina sabe tocá tambô

é eu sei, de onde vim e para onde vou…
"uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu"

September 11, 2007   Comments Off on “as ruas estão olhando, observando…”

..véu da noite também num rap/..

 

 

odoya

 

odoyá….odoooyá"

não foi aqui, nem lá…

não foi hoje, não foi ontem… nos amanhãs se pá!

caiu o véu…

não sou a única mulher, não sô nem loka

digo a mim mesma…respira e desencana

mancha na roupa acusa, na vida somos de batalha no olhar pelos horizontes não procuramos parábolas

sábias diretrizes, de onde viemos, nossas raízes

na originalidade de quem sabe a dor e a delicia de ser o que é

ser livre! ser mulher!

e nuns instantes, nos encontros de viajens distantes

rola uma aproximação

o é papo-reto: -deveriam ser apresentados, não?

não! não fazem tanta questão de etiquetas, rosas, sutilezas

"eis  que um belo dia alguém mostrou pra mim uma reunião tribal, james brown e al green , uau" *

minha rima é sagaz como a de mano brown no teu falante

sô berimbau, atabaque, bombo, agbê…quem sente o baque sabe

eu tenho certeza, verso pro mundo daqui no cortejo das realezas

positividade pros amantes de verdade

aprecio um groove, um bom som

movimento soul…eu e você…firma o dom!

do tipo Bunita e Lampião??

Sabah e salomão??

haaaaa…vale a pena dizer sim…tô aqui pra ver

sherazade das mil e uma noites…te quero tão bem, meu rei!

então, vem aqui..vem fazer "noite de rima", chega de noite com gente vazia oceano, águas passam, da ponte pra lá, tem canal na trilhamulher que veio da água, do vento, tenho meu talento, firmada ousadia

vim pra isso…no grave pesado que estala tambor, história de inteligência rebeldia

oke arô…a flecha…sou oiá da mata, cura de orixá

nada me faz esquecer, nem apagar dos fortes olhos da força do mar

foram me chamar, tô aqui qué qui há…

vim de lá piquinininha e continuo meu samba, no sapato, devagarinho

rosto lavado, risco no braço com meu juízo..sem prejuízo…só trinco se for assim!

espírito de paz é o que traz no corpo da dama sem fim.

* sample (brown com dexter – eu sô função)

acompanha…samba de dona ivone – alguém me avisou –

September 1, 2007   Comments Off on ..véu da noite também num rap/..

pra virar história de gibi…

 

manara

 

 

CENA 1: casal/interna

Casal nu
deitado na cama desarrumada em um quarto de motel de alguma perimetral
no norte do Brasil numa madrugada. Barulhos de caminhão passando, um
brega tocando. As antigas caixas de som do quarto tocam Detalhes de
Roberto Carlos.

    – Vamos abrir as janelas? – perguntou ela
  
– Não vê que ainda chove, é melhor ficar assim…deixe fechadas! – diz
ele, rasgando a fala como se não sentisse o calor que impregnava.
    
O quarto onde estão é estreito demais, uma cama, dois corpo e nada
mais. A mulher se aproxima ainda mais da parede próxima à cama,
pensando encontrar ali algo mais gelado que seu corpo. Busca no tato a
nova temperatura na superfície descascada e úmida, estende o corpo,
fecha os olhos, respira pela boca, como se estivesse boiando no mar, se
afunda na parede, desprende do momento que acabara de se consumar entre
dois corpos e fala em voz baixa algumas palavras…
     Será que
ela deu pra falar francês agora? – pensou o homem aflito, sem entender
o que ela fala, ao ver que a mulher se atracava com a parede e ele
havia sido deixado de lado. Aproxima-se pelo menos 2 milímetros dela
para certificar que a mulher fala algo, pensou que deveria ser alguma
coisa que ela canta quando conversa com seus orixás. Supondo que ela
poderia ter ficado chateada com sua grosseria, se levanta e abre a
janela…a chuva entra e molha os pés da cama. Ele olha para a chuva e
o movimento de pessoas lá embaixo, um entra e sai no brega daquele
local, reparou que muitas pessoas permaneciam na chuva embaixo de uma
antiga samaumeira
(árvore da Amazônia que possui coração). Eles estavam ensopados, e
conversavam, dançavam como se fosse uma madrugada estrelada de lua
cheia. Não reparou que a mulher já havia voltado do mergulho e ao seu
lado estava observando o movimento também, continuava nua.
     – Pelo menos bota um pano ai pra cobrir!
    Ela sorri:
    – Ifè (amor),  vê que coisa mais bonita! Saravah!
Tem que ter força na batalha..é tanta gente na água. Se não tiver o
amor? O que a gente faz…sem amor? O que estaria a pensar toda essa
gente na água? Sente aqui (ela conduz a mão dele até seu peito)…pulsa
não?(ele somente observa). Você tem que acreditar em mim, tu vives
aqui…sente…não pulsa? (silêncio, barulho da chuva que entra no
quarto e bate nos corpos escorados na janela) Oxe, tu tá com algum
problema, ficou surdo? Perdeu a fala? Eu me deixo, eu ouço, eu
falo…Monifè! E tu nem percebeu ainda que tu já tá todo molhado! (ele
volta seus olhos para seu peito molhado onde ela vai sorrindo e
colocando a mão) Tu tá sentindo? (silêncio) Tá pulsando!
    Se olham. Os corpos se colam no segundo dum luminoso raio.

CENA 2: forró/externa
   
Um casal que dança, na chuva, ao som do brega, observa o par na janela
do quarto se tocando e se consumindo. Comentam um na orelha molhada do
outro, ao mesmo tempo:
    – Amor, vê que coisa mais bonita!

_____________________________

(desenho de milo manara)

…edições à pedidos…colabore!

August 5, 2007   Comments Off on pra virar história de gibi…

ANANSE NTONTAN

  ananse ANANSE NTONTAN
(símbolo adinkra
da tradição do povo Gyaman (ashanti), da Costa do Marfim :: teia de
aranha :: sabedoria :: criatividade :: complexidades da vida)


   
São várias fitas pra fazer valer, mas tem tempo que a vontade se torna
refém da minha própria discórdia. Indigestos momentos que perturbam o
sono, o dia, a tarde, com chuva ou com sol…os pensamentos não tem
mais firmamento, não completam seu ciclo, o sentido da rua parece estar
trocado, a chave não encaixa com tanta facilidade no cadeado. Me lembra
uma brincadeira das antigas – cama de gato – várias cordas juntas
entrelaçadas aos dedos

formando um tecido, caminho da vida,
o universo, eu entre-nóis,
ali no meio.
   
   
E agora vivo uma questão de dados, algo como rm * – apaga ponto de
montagem e em algum lugar jaz…liga o miles e seu trompete mas não
aperte o rec, trilha acidjazz…

   
Perdi foi tudo! 1 ano de dados, registros, trampos…virou..sei lá o
que virou, o que sei é que se foi, num pulso de corrente elétrica,
apertando botóes, pensamento perplexo…um fracasso!…

   Fatos nada
premeditados, adrenalina..nada concentrados, aumenta adrenalina…nada
articulados, adrenalina é o nome da mina!
   
Sei que minhas noites são recheadas de sub-experiências…subterrâneas
idéias que confundem a meditação para o sono, por isso digo…quem dera
ter um USB na mente, estilo Matrix, podendo descarregar, remover,
adicionar onde quer que esteja…talvez ai a noite passe mais
calma…caminho pra Zion.
  
  Vixe muita treta…mas ae, bóra nessa! Novo laboB, risca e vira o disco!
   
Iluminar o que sei, oralidade constroe conhecimento soprado pelo vento
de quem tem origem, coragem…quem tem cor AGE! Dignidade na correria,
virtude nos espelhos da vitória, sem receita pro sucesso, soul intuição
e flui.

   
Carrego meus amuletos e esses continuam intactos junto aos meus nervos
de aço, pisar no chão e mais um dia pedir proteção, em qualquer
deslocamento ocasional e improvisado…

    
    – Pó pará! De olho em quem vem rezando as costas, reduz a marcha
agora…dá perdido…xinga pelo vidro…se pá, rasga o verbo.

    "Sai zic-zira, sai zic-zira sai!"
     Vamo vê quem sobrou entre mortos e feridos no campo de batalha dos imperiais sonhadores desse milênio.
   
Sinto a necessidade de escolher práticas para reforçar o sentido de tal
liberdade, pra isso é preciso decidir (inspirando no meu mano banto)…
enquanto
isso, o trem segue…coloco a cabeça pra fora da janela pra sentir que
o vento, realmente, é o dono da minha vibração – Eparipá – nenhum vento
poderá desviar minha barca, nenhum raio mudará meu caminho…
   
E
eu, junto às minhas gerações seguidas, estaremos esperando, desenhando
sem borracha. enxergando os acontecimentos – não os que forjam, pois
não nascemos ontem – sempre ouvindo (vejam bem: sempre!), conferindo
que pra ser livre é preciso viver e o que é tem que ser…

(nos toca-discos::mama's gun – erykah badu)

July 16, 2007   Comments Off on ANANSE NTONTAN