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Minha dança

Sanidade necessária, talvez mais uma dose de cachaça
Infindando dores, a noite não passará calada
Repica! minha escola é velha, bate-folha pela passarela
Arrasta o pé que a porta-bandeira vai passar!
Muita responsa, abraça a chance, tamo na pista
Tem cores, compromissos, di conceito, caboclos, e aqui ninguém é santo
Sem ti-ti-ti blá-blá-blá…não tem embaço
Seguimos ao carnaval na cadência, sem decadência, passo-a-passo
Lembrando dos tempos de pivete quando sonhavámos que era tudo nosso, campinho, terreno-baudio…era tudo nosso
Hoje não mais, o sonho morreu, mas inda cismo e rimo
Soul eu, soul eles, soul nóis…na lembrança de criança
"Sofrimento é opcional, a dor inevitável"
Rasguemos o verbo, somos impossíveis, por encreça que parível!
Deixa a gente beber, deixa a gente fumar, deixa a gente voar..é melhor
Do que sacar de uma arma pra nos matar…
Salve Pirituba, cidade de Óz, Querozene ao Bronx
Une os versos, versão popular, vida é cantada
Não pedimos caridade, nem imparcialidade
Mundão tá cheio de mulher com aspas, que não tem a manha
Socialyte dos pobres é assim que eu lhes chamo!
Faz o hype que é o teu negócio, nem pisa no meu pedaço
Aqui nóis partimos pro regaço
Minha guerra veio de lá, antes de me trazerem pra cá
Traços herdados, costa sudanesa, corpo de princesa
Feminina rima, como Sabah, me faço rainha
Mulher sagrada, símbolo de todos os tempos, virada pro futuro
Sou do povo da rua, macumbeira sem medo
A dama do paço que carrega a calunga
Espalhando o abô que esconde o segredo…laroyê…
Abre o orum (céu) e arruma lugar pra mudança
Manda desce todo mundo que hoje a festa é aqui!
As portas tão abertas…