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MENTE ENGATILHADA

Tenho referências antigas que acompanham a caminhada e sempre voltam, tocando repedidamente, nos auto-falantes da SoundSista que vos fala.
Voz de quem anda pelas ruas, no ritmo da chuva, se o sapato ficar apertado, desencana e continua que receberás tua recompensa, pagarei sim…todo erro tem seu preço.
Faça escolhas, desenvolva algo que te mova, todo mundo dormindo e o som me mantem acordada na calada da noite, inimigos não mandam flores nem te dizem boa-noite, esperar de quem, se a confiança não mais mantém, nem fortalece mais ninguém.
O que fortalece vem dos mesmos gostos musicias de antigamente, apertei o rec na fita k7, ouvindo a 105 no rádio desde 1997.
Começou nos rolê de busão – "assim que é…sem proceder num para em pé" – com os manos me cantando dizendo no refrão que o rap, nada mais é do que a própria Revolução Através das Palavras. Não me faltou opção, entre trilhas sonoras, fui apresentada pra diversos elementos musicais, desses escolhi e coli somente aqueles que fortalecem minha corrente, meu pensamento, meu canto, meus parceiros, por eles eu dou minha vida e todo meu apreço…satisfação em ser sua contemporânea, parceiro!…é desse jeito, faz o seu, faz a sua, chuva rola pelas ruas que escutam a revolução duma mulher de fibra – Dina Di –  tá na memória de quem viu, de quem ouviu, faço questão de compartilhar estes sentidos, não ando muito bem humorada, como Dina, tô de mente engatilhada e minha morada também “é um mundo diferente… o rap, para muitos, não existe”
"se teve chão, andei
se teve um amor, amei
e um caminho eu procurei
amor e ódio eu plantei
e foi melhor, de mim não tenha dó
daí eu colho só as virtudes"
Sabe como é, uma das percursoras do rap feminino de mili anos, assim como Lady Cris, Sharylaine, Rúbia…essas minas são mais do que de fé, são como rocha, enfrentaram diversos paradigmas que envolvem a visão que se tem de mulher dentro do Hip Hop, mulher negra, mulher branca, e hoje temos muito a comemorar pelas lutas destas e mais muitas outras que representam no rap, a mulheradativa…Salve Thiely Queen! Salve Preta Iaia!
Canta o que se vive, contar o que não se viveu é como canta fora do tom, a inspiração vem verdadeira como pra quem demora na lavoura, enquanto pra outros estilos a midia despe, o Hip Hop aqui veste, ser humana, ser mulher, junto às armas de Jorge, conhecidas, reconhecidas, desejadas por aqueles que vêm o rap como espaço de homens, pra homens. Deixe que falem, pois é assim que se fala, não pode deixa falha…quem tenta se iguala não consegue, se não sabe o que tá falando – cala a boca!, nem disfarça, tá com o filme queimado, passa reto, já virou piada…

E aqui, nesse registro, brindo pelas ativas e poderosas mulheres, estas que encontrei, ouvi, conheci, que fazem parte da minha trilha-vida sempre repleta de letras e sons que preenchem aqui dentro de mim, fortalecem a luta pelo espaço, não desmerecendo não a força dos homens, mas quanto mais difícil fica nossa luta mais vontade temos de mostrar pra que viemos . Dina Di traz ai, mas um som que vem pra chapar os ouvidos e mentes saudosos de novas batidas – A filha do rei – novo trampo bancado por ela mesma desde o início, acreditar que no rap é preciso resistir, fazer seu veículo de comunicação, "sendo um momento bom ou ruim, tudo é música, poesia, minha dor, minha alegria!"  
Pra não passar batido, como sempre dizemos – o Tempo é o rei! – o som me inspirou, o momento pediu, já fiz o meu pedido…que seja feita sua vontade.

é desse jeito…baixe ai>>http://clam.sarava.org/pt/node/488

* os registros entre aspas são todos referentes à Dina Di