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…certo dia…

   Tempo passa…nada acontece ao mesmo tempo…por isso o senhor existe, Tempo.   

    Sempre é bom ter por perto alguém com idéia positiva de valente pra trocar, que trinca em qualquer momento, sendo desconte ou de vitória, simples sintonia…sem massagem, sem desperdício, sem propriedade…inspira! As idéias aqui não diluíram, pelo contrário continuamos mais fortes do que antes, sempre ascendentes…salve N'Zambi! 

    Aqui se pretende migrar entre divertidas viajens…espaços de mais descobertas dessa vida, o livro que não tem fim, construir pontes de troca e estudos por novas linguagens, entre ferramentas da livre comunicação, proposta de construção…e eu já estava envolvida e nem fazia conta do que vinha por trás…dá uma sacada aqui riseup.net , no fim da página há uma relação de ser coletivos autônomos que versam sobre tecnologia e sociedade pelo mundo e colaboram no desenvolviento da comunicação libertária, a co-laboração, co-operação…

Esse é o início de mais uma nova séria da séria série…chapa aê!

 

 

como um amar é bom…vou ouvir costa-a-costa na consideração
e bolar um…himshot clic clack bum
não é isso que eu sonho pro rap nacional
sem diz que me diz…pros manos é sentimental
mas…
eu sou mais eu nessa fita, com mais um novo som das antigas
tenho a corage a meu favor
tempo que faz..num conta, num fala…dá valor
levanta a cabeça e coração
sincero no pensamento, na disposição

não disperdiça, faz o hoje..talvez nem me veja amanhã

é vida amante loka, não é só perdão e coisa boa…desse jeito cruel
nessas condições, soul eu soprando nota dó pro céu…aprendendo
cai a gota, respinga cada dia inda mais forte
continuo a rota, lava as mãos pois chove
nas goteiras dessa casa que virou vida
quem sabe um dia a gente possa ser rei e rainha
na fortaleza que cada espírito cria…vira meu verso canção rima.
"…o tempo vai, nunca volta/cê tem que aproveitar agora/o que for/entre o amor e a dor/se o coração não parou/cê tem motivo de sobra/vacila não…vive agora!"

 


num salve de boas-vindas ao novo espaço, compartilho minha mixtape…hehehe…uma preza por outros bons sons também, presenças marcadas nos meus falantes atualmente…Badu, Mary J. Blige, John Legend, Common…

+ MIXTAPE + ALAFIÁ +

  1. 04-common-faithful_(feat_john_legend_and_bilal).mp3
  2. 07_-_Erykah_Badu_-_Magic_(Asadoya_Yunta).mp3
  3. 07 Ludacris Ft. Mary J Blige – Runaway Love.mp3
  4. 04-mary_j_blige-king_and_queen_(duet_with_john_legend)_-_.mp3

 Alafiá!

 

 

September 11, 2007   Comments Off on …certo dia…

..véu da noite também num rap/..

 

 

odoya

 

odoyá….odoooyá"

não foi aqui, nem lá…

não foi hoje, não foi ontem… nos amanhãs se pá!

caiu o véu…

não sou a única mulher, não sô nem loka

digo a mim mesma…respira e desencana

mancha na roupa acusa, na vida somos de batalha no olhar pelos horizontes não procuramos parábolas

sábias diretrizes, de onde viemos, nossas raízes

na originalidade de quem sabe a dor e a delicia de ser o que é

ser livre! ser mulher!

e nuns instantes, nos encontros de viajens distantes

rola uma aproximação

o é papo-reto: -deveriam ser apresentados, não?

não! não fazem tanta questão de etiquetas, rosas, sutilezas

"eis  que um belo dia alguém mostrou pra mim uma reunião tribal, james brown e al green , uau" *

minha rima é sagaz como a de mano brown no teu falante

sô berimbau, atabaque, bombo, agbê…quem sente o baque sabe

eu tenho certeza, verso pro mundo daqui no cortejo das realezas

positividade pros amantes de verdade

aprecio um groove, um bom som

movimento soul…eu e você…firma o dom!

do tipo Bunita e Lampião??

Sabah e salomão??

haaaaa…vale a pena dizer sim…tô aqui pra ver

sherazade das mil e uma noites…te quero tão bem, meu rei!

então, vem aqui..vem fazer "noite de rima", chega de noite com gente vazia oceano, águas passam, da ponte pra lá, tem canal na trilhamulher que veio da água, do vento, tenho meu talento, firmada ousadia

vim pra isso…no grave pesado que estala tambor, história de inteligência rebeldia

oke arô…a flecha…sou oiá da mata, cura de orixá

nada me faz esquecer, nem apagar dos fortes olhos da força do mar

foram me chamar, tô aqui qué qui há…

vim de lá piquinininha e continuo meu samba, no sapato, devagarinho

rosto lavado, risco no braço com meu juízo..sem prejuízo…só trinco se for assim!

espírito de paz é o que traz no corpo da dama sem fim.

* sample (brown com dexter – eu sô função)

acompanha…samba de dona ivone – alguém me avisou –

September 1, 2007   Comments Off on ..véu da noite também num rap/..

pra virar história de gibi…

 

manara

 

 

CENA 1: casal/interna

Casal nu
deitado na cama desarrumada em um quarto de motel de alguma perimetral
no norte do Brasil numa madrugada. Barulhos de caminhão passando, um
brega tocando. As antigas caixas de som do quarto tocam Detalhes de
Roberto Carlos.

    – Vamos abrir as janelas? – perguntou ela
  
– Não vê que ainda chove, é melhor ficar assim…deixe fechadas! – diz
ele, rasgando a fala como se não sentisse o calor que impregnava.
    
O quarto onde estão é estreito demais, uma cama, dois corpo e nada
mais. A mulher se aproxima ainda mais da parede próxima à cama,
pensando encontrar ali algo mais gelado que seu corpo. Busca no tato a
nova temperatura na superfície descascada e úmida, estende o corpo,
fecha os olhos, respira pela boca, como se estivesse boiando no mar, se
afunda na parede, desprende do momento que acabara de se consumar entre
dois corpos e fala em voz baixa algumas palavras…
     Será que
ela deu pra falar francês agora? – pensou o homem aflito, sem entender
o que ela fala, ao ver que a mulher se atracava com a parede e ele
havia sido deixado de lado. Aproxima-se pelo menos 2 milímetros dela
para certificar que a mulher fala algo, pensou que deveria ser alguma
coisa que ela canta quando conversa com seus orixás. Supondo que ela
poderia ter ficado chateada com sua grosseria, se levanta e abre a
janela…a chuva entra e molha os pés da cama. Ele olha para a chuva e
o movimento de pessoas lá embaixo, um entra e sai no brega daquele
local, reparou que muitas pessoas permaneciam na chuva embaixo de uma
antiga samaumeira
(árvore da Amazônia que possui coração). Eles estavam ensopados, e
conversavam, dançavam como se fosse uma madrugada estrelada de lua
cheia. Não reparou que a mulher já havia voltado do mergulho e ao seu
lado estava observando o movimento também, continuava nua.
     – Pelo menos bota um pano ai pra cobrir!
    Ela sorri:
    – Ifè (amor),  vê que coisa mais bonita! Saravah!
Tem que ter força na batalha..é tanta gente na água. Se não tiver o
amor? O que a gente faz…sem amor? O que estaria a pensar toda essa
gente na água? Sente aqui (ela conduz a mão dele até seu peito)…pulsa
não?(ele somente observa). Você tem que acreditar em mim, tu vives
aqui…sente…não pulsa? (silêncio, barulho da chuva que entra no
quarto e bate nos corpos escorados na janela) Oxe, tu tá com algum
problema, ficou surdo? Perdeu a fala? Eu me deixo, eu ouço, eu
falo…Monifè! E tu nem percebeu ainda que tu já tá todo molhado! (ele
volta seus olhos para seu peito molhado onde ela vai sorrindo e
colocando a mão) Tu tá sentindo? (silêncio) Tá pulsando!
    Se olham. Os corpos se colam no segundo dum luminoso raio.

CENA 2: forró/externa
   
Um casal que dança, na chuva, ao som do brega, observa o par na janela
do quarto se tocando e se consumindo. Comentam um na orelha molhada do
outro, ao mesmo tempo:
    – Amor, vê que coisa mais bonita!

_____________________________

(desenho de milo manara)

…edições à pedidos…colabore!

August 5, 2007   Comments Off on pra virar história de gibi…

ANANSE NTONTAN

  ananse ANANSE NTONTAN
(símbolo adinkra
da tradição do povo Gyaman (ashanti), da Costa do Marfim :: teia de
aranha :: sabedoria :: criatividade :: complexidades da vida)


   
São várias fitas pra fazer valer, mas tem tempo que a vontade se torna
refém da minha própria discórdia. Indigestos momentos que perturbam o
sono, o dia, a tarde, com chuva ou com sol…os pensamentos não tem
mais firmamento, não completam seu ciclo, o sentido da rua parece estar
trocado, a chave não encaixa com tanta facilidade no cadeado. Me lembra
uma brincadeira das antigas – cama de gato – várias cordas juntas
entrelaçadas aos dedos

formando um tecido, caminho da vida,
o universo, eu entre-nóis,
ali no meio.
   
   
E agora vivo uma questão de dados, algo como rm * – apaga ponto de
montagem e em algum lugar jaz…liga o miles e seu trompete mas não
aperte o rec, trilha acidjazz…

   
Perdi foi tudo! 1 ano de dados, registros, trampos…virou..sei lá o
que virou, o que sei é que se foi, num pulso de corrente elétrica,
apertando botóes, pensamento perplexo…um fracasso!…

   Fatos nada
premeditados, adrenalina..nada concentrados, aumenta adrenalina…nada
articulados, adrenalina é o nome da mina!
   
Sei que minhas noites são recheadas de sub-experiências…subterrâneas
idéias que confundem a meditação para o sono, por isso digo…quem dera
ter um USB na mente, estilo Matrix, podendo descarregar, remover,
adicionar onde quer que esteja…talvez ai a noite passe mais
calma…caminho pra Zion.
  
  Vixe muita treta…mas ae, bóra nessa! Novo laboB, risca e vira o disco!
   
Iluminar o que sei, oralidade constroe conhecimento soprado pelo vento
de quem tem origem, coragem…quem tem cor AGE! Dignidade na correria,
virtude nos espelhos da vitória, sem receita pro sucesso, soul intuição
e flui.

   
Carrego meus amuletos e esses continuam intactos junto aos meus nervos
de aço, pisar no chão e mais um dia pedir proteção, em qualquer
deslocamento ocasional e improvisado…

    
    – Pó pará! De olho em quem vem rezando as costas, reduz a marcha
agora…dá perdido…xinga pelo vidro…se pá, rasga o verbo.

    "Sai zic-zira, sai zic-zira sai!"
     Vamo vê quem sobrou entre mortos e feridos no campo de batalha dos imperiais sonhadores desse milênio.
   
Sinto a necessidade de escolher práticas para reforçar o sentido de tal
liberdade, pra isso é preciso decidir (inspirando no meu mano banto)…
enquanto
isso, o trem segue…coloco a cabeça pra fora da janela pra sentir que
o vento, realmente, é o dono da minha vibração – Eparipá – nenhum vento
poderá desviar minha barca, nenhum raio mudará meu caminho…
   
E
eu, junto às minhas gerações seguidas, estaremos esperando, desenhando
sem borracha. enxergando os acontecimentos – não os que forjam, pois
não nascemos ontem – sempre ouvindo (vejam bem: sempre!), conferindo
que pra ser livre é preciso viver e o que é tem que ser…

(nos toca-discos::mama's gun – erykah badu)

July 16, 2007   Comments Off on ANANSE NTONTAN

A Janela – Maria Geny Baptista

geni
A Janela

Da janela
Dos olhos, ao longe
Eu vejo a bela,
Jovem doonzela
A passar tagarela,
Gesticulando,
Sonhando, falando
Com os olhos cheios de amor.

Daqui da janela
Da minha vida,
Eu vejo a vida sentida
Pela estrada que já foi colorida,
Jovem, bela, donzela, tagarela…

Já falei, gesticulei, sonhei
Com meus olhos jovens cheios
De amor, de muito amor.
Mas não vou parar.
Continuarei da minha janela;
Olhando por ela eu darei amor
Porque tenho muito amor pr'a dar…

+++++++++

(não quero é falar nada..
gostaria sim de contar sua história
não aqui, mas aos vivos
deixarei assim, suas palavras…sua presença suave e brilho…
…é uma ESTRELA

 

June 25, 2007   Comments Off on A Janela – Maria Geny Baptista

retrato-falado

"Em terra de cego, quem tem olho é rei!"

 

miles

 

 Com os olhos também se escreve

Só silêncio que não se lê!

Não preciso pagar pra ver…

Registro a imagem, o gesto, a palavra, tua figura

Nossos papéis, os muros, as ruas
Os becos continuam escuros

Velhas luzes da metrópole paulista

E eles Iluminam…pela madrugada…passeando assim como quem não quer nada

Sobe e desce, entra e sai do vagão e sempre você no fim da estrada

As 7 chaves, 7 passos, 7 cores….mais uma porta

E eu vou te cantando, enquanto navego:

-Queira Olorum, que os mininos achem a trilha nos seus trilhos…

Alta babylon…a cidade contemplou…palavras talhadas pelo machado

Ojuobá…os olhos do rei!

Só querer..só chamar..que eu estarei lá!

Eparrei Oyá!

O guerrero diz que ama….- Sou o pé do teu samba…

Mas eu lhe digo

Meu coração tá no rio…flechado..no meu peito atravessado

E Vai passar…vou curar

Nesse toque requebrado…minha pele..teu pandeiro

Eu sou raiz…e cadê você?

Será a paz o soro eficaz?

Haha..meu mano sagaz, lembrei e senti Amandla

Ngawethu!

O poder é todo nosso!

Oooh yoyoyoyo….oh yoyoyoyo…

>>EMANCIPAÇÃO PRETA: http://youtube.com/watch?v=Qe7BOdqPmuY

June 22, 2007   Comments Off on retrato-falado

preto e branco – o céu de kalakuta

Não fazendo tanta questão de fazer, me vi escrevendo

As canetas e papéis sempre jogados na mesa
Na cadeira, sentada com a mente pesada da mulher ocupada
– Ocupada com que? – qualquer um me perguntaria
E eu lhe responderia: – Nem se atreva em saber!

Construindo castelos silenciosos em pleno dia

Dos papéis fazendo retratos de várias rotinas
Preto e branco, contraste de cores
O céu de Kalakuta vem cantando a noite
A orquestra desce a rua, pois o conflito continua
A arte da recriação está na minha mão e na sua
Peguemos nossas armas – façamos música

"Vamo acorda, vamo acorda
Porque o sol não espera…demorou, vamo acorda
O tempo não cansa
Ontem a noite você pediu, você pediu…."*
facamosmusica
Eu tô pisando em terra de rei
Onde os inimigos não mandam flores
– Dormir pronta pra guerra –
Aqueles que andam sempre armados sentem o peso dela
Precionados além das necessidades
Nossa sagacidade são os passos da vitória
Pensamento quilombóla pras idéias refugiadas através da história
Não se canse…como super-homem: – Para cima e avante!
"Cada lugar um lugar
Cada lugar uma lei"**
(Não quero comentar)
Mas, por vezes, sobram espinhos por todos os lados
Não sou bicho-solto pra ficar de função, mana de 111 missões
Meu som é o portal, a estalada do couro meu escudo
Chegue mais perto e sentirá o que ouço….serena frequência
Pela poliritmia de todos os dias…em preto e branco – contraste de cores
Enquanto a molekada lá fora brinca, solta pipa e joga bola… 
Segue nessa trilha…com a mente um pouco mais leve
A orquestra Africa 70 se despede
Quem sabe um dia ela não passa pela sua rua?…
Nossa batalha continua!

* Sou mais você – Racionais MC's – Nada como um dia após o outro dia
**Respeito é pra quem tem – Sabotage – O rap é compromisso

May 28, 2007   Comments Off on preto e branco – o céu de kalakuta